Covid e os desportos coletivos


Estamos a viver uma época histórica para toda a nova geração de crianças e adolescentes.

A pandemia declarada veio pôr a nu muitas das fragilidades já conhecidas, quer a nível político, social e de saúde.

As constantes indecisões e contradições políticas sobressaem com o desespero de muitas famílias e o setor empresarial.

São famílias inteiras remetidas para o desemprego, são entidades patronais a terem de fechar a porta e são, acima de tudo, restringidas muitas liberdades, nomeadamente para quem não aceita as indicações controversas, já que muitas são baseadas em contraditórios científicos.

Tivemos um confinamento aceitável por não se conhecer os efeitos na saúde e as suas consequências, mas houve muito tempo para se delinear e tomar medidas mais assertivas.

O medo foi implantado e incrementado pela comunicação social e pelos próprios estados de cada país, não sabendo se a necessidade era por razões cívicas ou apenas para atormentar as sociedades, por imposições economicistas.

Mas com o tempo e após imensos estudos, muitos deles já existentes, veio a verificar-se que os efeitos não são bem o que nos tentam impingir. É verdade que o vírus existe, tal como muitos outros vírus que também matam e em maior número confirmado. Mas o perigo, segundo as autoridades, continua a ser a propagação.

É aqui que entra o constante contraditório das normas e recomendações das entidades e dos profissionais que estudam e têm conhecimento de causa.

E onde entra o futebol de formação e todas as outras atividades coletivas?

Se as crianças têm de estar na escola, o qual concordo em absoluto, porquê raio têm de usar a máscara se não a sabem usar? Não por haver falta de indicações, mas apenas porque são crianças.

Não estaremos a criar outro tipo de problemas de saúde física e mental a essas crianças? Os entendidos dizem que sim, mas os governos não discutem os estudos e os conhecimentos existentes.

Se a indicação é usar, então que se use, mesmo discordando, mas por favor, sejam abertos ao desporto coletivo, simplificando as regras e não atribuindo as responsabilidades aos pais. Desse modo estamos a fazer com que as pessoas sintam medo, pelos constantes bombardeamentos de informação e contrainformação, levando a que esses pais não se sintam seguros por terem os seus filhos a praticarem desporto.

Deixem o desporto coletivo combater o vírus com a imunidade do atleta e ao mesmo tempo ajudar na imunidade da sociedade.

Se as consequências para as crianças são fracas ou nulas, salvo situações de saúde próprias, não faz sentido as crianças terem a oportunidade de esquecerem os problemas da sociedade, reforçando o seu sistema imunitário e mental ao praticar desporto, serem coibidas de o fazer apenas porque a sociedade, mais uma vez, quer resolver problemas com outros problemas.

Façam um estudo sobre a vontade e necessidade dessas crianças quererem praticar desporto coletivo e irão chegar à conclusão que todas querem exceto as que são “aterrorizadas” em casa e pela sociedade em geral.

Claro que se devem ter cuidados. Claro que as crianças devem estar um pouco mais distanciadas dos avós. Mas se já andam na escola já não têm de o fazer? Então, não as vamos privar da distração, do companheirismo, da superação, da sua felicidade. Privá-las do desporto coletivo é ir contra os direitos fundamentais da criança.

Já não se trata de manter os clubes por falta de recursos, mas sim da saúde das nossas crianças.

1 Comentário

  1. Miguel
    7 Novembro, 2020
    Responder

    Não podia estar mais de acordo

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