Ás vezes achamos que perguntar faz de nós mais interessados.
Que motivar é nosso papel quando achamos que, as coisas não correm como entendemos que deviam correr.
Ensinou-me a experiência que ás vezes o melhor mesmo é não perguntar, não falar, não criticar (para o bem ou para o mal).
O melhor mesmo é dar tempo ao tempo.
Deixar que tudo se alinhe.
Que tudo chegue quando tem de chegar.
Nem sempre nós pais sabemos lidar com o filho atleta.
Eu confesso que não sabia lidar com o meu.
Mostrava-me interessada demais. Atenta demais. Motivadora demais.
Estaria a pressionar?
Cheguei à conclusão que sim, pese embora nunca o tivesse feito com a convicção de estar perante um futuro Casillas ou ambicionar tal coisa.
A minha ambição sempre foi a de que fizesse o que gostava. E achava que o faria melhor se o estivesse sempre a motivar, que no fundo mais não era do que pressionar.
Muitas vezes não ambicionamos uma carreira no futebol para eles. Queremos apenas que sejam bons e se esforcem naquilo que fazem, sem termos consciência que nem todos reagem de forma positiva ao nosso excessivo interesse no desempenho deles.
Ás vezes precisamos ouvir. Ouvir quem está de fora.
E parar para reflectir sobre a nossa forma de agir.
Nem sempre agimos com intenção de pressionar. Muitas vezes é por interesse em estar presente naquilo que fazem. Mas a mim a experiência mostrou-me que, no meu caso, a melhor forma de mostrar isso era simplesmente deixar de perguntar pelos treinos, e pelos lances, e pelos golos sofridos e … esperar para ouvir falar sobre isso.
Deixar que fosse ele a falar porque como alguém me disse um dia “o simples facto de lhe perguntar se está nervoso com o jogo do fim de semana já pode funcionar como pressão para ele”.
Nesse dia parei. Reflecti. Vi que poderia estar a fazer de forma errada. Reprogramei. Até ver … resultou
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