O Getafe C.F. teve uma iniciativa inovadora e extraordinária. A criação de uma escola de pais, tendo como finalidade principal erradicar a violência no futebol de formação.
Dirigida por Jose Antonio Lengo, psicólogo da Escola do Getafe C.F., e pelo director adjunto Sérgio Pachón.
Mediante esta iniciativa ambos pretendem fazer compreender os adultos que o seu comportamento, tanto em jogos como nos treinos, tem de ser exemplar e uma referência primordial para os seus filhos, dado que estes copiam tudo o que os pais fazem.
O objectivo desta medida é evitar a violência verbal, cada vez mais comum nos estádios de futebol. “Passa-se dos gritos de incentivo aos jogadores, aos insultos aos árbitros quando não há consonância de opiniões. Em seguida incrementa-se a tensão e o nervosismo. Tudo isto acaba por contagiar os jogadores” realça Jose Antonio Luengo.
Pachón e Luengo estão a fazer especial finca-pé na etapa referente aos escalões dos pré-benjamins (petizes e traquinas).
Entendem que nessa fase não deve haver competição entre crianças. De facto em cada fim-de-semana não se expõem classificações nem os resultados das equipes destas categorias. “Desta forma desincentivam-se os pais da ideia de obter sempre vitórias sendo aconselhados a limitar-se apenas a incentivar os seus filhos a desfrutar, que é o que realmente importa. Afinal, o ser um bom jogador dependerá de muitas circunstâncias, mas formar crianças e trabalhar com os pais só depende de nós”, explica Pachón.
Adaptar-se-ão as sessões e conversações a outras categorias nas quais os jovens já entrarão em competição. No entanto, como explica o psicólogo, “ainda temos muito para fazer, sobretudo enquanto as crianças continuarem a ver imagens de violência nos jogadores profissionais, dos quais, assim como com dos seus pais, copiam tanto o bom como o mau”.
Excelente iniciativa, com a qual esperam contagiar os restantes clubes com equipas de futebol de formação.
Fonte: Web Getafe CF
Sem comentários