PROFISSIONALISMO / SEMI-PROFISSIONALISMO VERSUS VOLUNTARIADO DOS SEUS DIRIGENTES DESPORTIVOS
Regresso hoje à vossa presença , para trazer à ordem dia um tema que todos falam nos ” corredores” do desporto amador , mas muito poucos têm a coragem ou ousadia de trazer, o tema para um debate público , por razões essencialmente políticas e com receio de alterações profundas no desporto que poderão conduzir a alguma perda de importância de alguns dos presentes atores
Se nada for feito , e com o avolumar dos atuais problemas existentes, por manifesta incapacidade temporal dos dirigentes amadores em poderem dar a reposta adequada aos novos desafios que o desporto amador apresenta , irão conduziu à ruptura de muitas associações e clubes , que não terão dessa forma condições de sobrevivência no novo contexto jurídico / regulamentar dos dias de hoje .
Este problema agravou-se nos últimos tempos com a conjugação de dois factores que estão perfeitamente identificamos , como foi o crescimento do número de praticantes das modalidades desportivas, fruto de uma nova cultura . da atividade física e da sua importância no bem estar e desenvolvimento saudável do indivíduo , quer na promoção e divulgação do desporto que todos os órgãos da comunicação social tradicionais ou emergente como são as redes sociais e reforçado pela profissionalização ou senti-profissionalização que os dirigentes das federações passaram a usufruir recentemente .
Assim sendo tendo o topo da pirâmide da estrutura atual do desporto profissionalizada ficam as estruturas do meio e da base completamente dependentes desse topo, e com a sua capacidade de intervenção muito limitada pelo seu amadorismo e incapacidade , que advém desse facto, de não poderem dar as respostas adequadas no tempo certo .
Temos assim organismos que se deviam complementar e articularem, a funcionarem a duas velocidades completamente distintas . As novas medidas e regulamentação passam deste modo cada vez mais a ser impostas , em vez de serem negociadas e discutidas , pela simples razão que os dirigentes das associações e dos clubes como não sendo profissionais não tem tempo para tal .
O que fazer então face à atual situação ?
No meu entender o primeiro passo terá que ser dado na profissionalização parcial dos órgãos sociais das associações e dos clubes .
O modelo que defendo para estas estruturas é uma solução mista com elementos profissionais em áreas chaves , como por exemplo as áreas financeiras , as áreas das competições , a área da arbitragem e a área da disciplina com os restantes elementos amadores que completarão os diferentes órgãos sociais permitindo deste modo , um crescimento de forma sustentada e correcta e responderem de forma eficaz aos novos desafios .
Estou hoje com a experiência adquirida cada vez mais convencido que este terá que ser o caminho a seguir para um novo equilíbrio na estrutura do desporto , e que urge ser aplicado sob pena de cada vez mais, as dificuldades e desequilíbrios irem aumentando, e num futuro próximo se nada for feito , o fenómeno da concentração excessiva de todos os recursos num número muito reduzido de clubes seja mesmo uma realidade, com todo o que de negativo teria para o desporto em geral essa situação .
caro amigo se posso assim chamar, ja escrevi e já apaguei e volto a escrever pois este tema nao é fácil, nada fácil. Como estamos no desporto amador muito mais clubes se nao tiverem ajuda dos seus munícipes ( estado) vao acabar. a solução que das de ter uma organização mista so vejo se as escolas substituírem os clubes . AI iríamos ter uma conjunto de pessoas a trabalhar o dia inteiro e nao so ao fim do dia. mas os interesses instalados querem isto ? duvido muito. mudar o paradigma de organização é muito mas mesmo muito dificil. como eu digo so se muda com revoluções e isso so mesmo quando nenhum clube amador existir. mas tenho a dizer mas levava muitas letras a escrever. um bem aja.